Monange celebra 60 anos com o retorno de Xuxa e o que isso revela sobre contratos, imagem e reposicionamento no Direito da Moda
- JURÍDICO FASHION

- há 3 dias
- 2 min de leitura
A Monange, marca 100% brasileira e historicamente integrada ao imaginário coletivo, celebra seus 60 anos com um movimento que combina memória afetiva e reposicionamento de mercado: o retorno de Xuxa como rosto da campanha, agora ao lado de Camilla de Lucas. A decisão não é apenas um gesto emocional para o público, mas uma ação estrategicamente planejada e juridicamente estruturada, refletindo como marcas de beleza utilizam contratos de imagem e narrativas publicitárias como ferramentas de reforço de posicionamento.

Xuxa foi uma das figuras mais emblemáticas da Monange nos anos 1990 e segue como um dos maiores ativos de capital simbólico da publicidade brasileira. O seu retorno, portanto, não é apenas um revival; é uma operação de branding que envolve acordos sólidos de licenciamento de imagem, delimitação de uso em múltiplos formatos e definição clara de responsabilidades, coerência narrativa e preservação da reputação — tanto da marca quanto da artista.
Com a nova fase, a Monange revela uma identidade visual repaginada e um portfólio mais abrangente nas linhas faciais, corporais e capilares, aproximando-se de uma comunicação centrada na mulher real. A presença simultânea de Xuxa e Camilla de Lucas demonstra como marcas contemporâneas utilizam a complementaridade de perfis: enquanto Xuxa ativa a memória emocional, Camilla reflete diversidade e diálogo com novas gerações. Esse contraste cuidadosamente planejado evidencia a importância da gestão jurídica de campanhas multigeracionais, garantindo que a imagem de cada figura pública seja utilizada em plena conformidade com seus direitos de personalidade, posicionamento e limites pactuados contratualmente.

No Direito da Moda, campanhas como essa ilustram a interseção entre branding, publicidade e proteção da imagem. O retorno de uma embaixadora histórica exige revisões contratuais detalhadas, atualização dos termos de comunicação, definição de parâmetros éticos e estratégicos, além de planejamento jurídico para repercussão digital — especialmente quando a narrativa envolve um ícone cultural de grande magnitude. Cada peça publicitária, cada uso da imagem e cada versão da campanha precisa ser avaliada sob a ótica da segurança jurídica, evitando conflitos, desvios de propósito ou associações indevidas.
A comemoração dos 60 anos da Monange, portanto, vai além da nostalgia. Ela demonstra a maturidade da marca ao integrar inovação, propósito e estratégia jurídica numa única operação. E, claro, com Xuxa de volta, o storytelling ganha intensidade, enquanto os bastidores jurídicos garantem que essa nova fase seja sólida, protegida e coerente com os valores da marca.
Para participar de discussões exclusivas sobre Fashion Law em tempo real, cadastre-se na comunidade através do link: https://www.juridicofashion.com/páginadacomunidade



Comentários