Funcionários da Kering na Itália entram em greve por decisões unilaterais da empresa
- JURÍDICO FASHION

- há 6 dias
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Na terça-feira, 21 de outubro, os trabalhadores das unidades italianas do grupo francês de luxo Kering, que engloba marcas renomadas como Gucci, Balenciaga e Yves Saint Laurent, realizaram uma greve de quatro horas em Milão e Scandicci. Os sindicatos italianos Filctem Cgil, Femca Cisl e Uiltec Uil acusam a empresa de decisões unilaterais que fragilizam as relações laborais e restringem direitos dos trabalhadores, como a recente limitação do teletrabalho de oito para quatro dias por mês.

Segundo os representantes sindicais, as conversações recentes com a Kering revelaram um “encerramento preconcebido ao diálogo”, em que as políticas da empresa foram apresentadas como finais e não negociáveis. A Kering, por sua vez, afirmou que comunicou os sindicatos ainda em novembro passado sobre a redução dos dias de teletrabalho, como parte de sua estratégia global, e que o acordo anterior foi prolongado até setembro para permitir discussões.
Do ponto de vista do Direito da Moda, a situação traz importantes reflexões sobre a interseção entre legislação trabalhista, gestão de recursos humanos em empresas de luxo e responsabilidade social corporativa. Contratos de trabalho e acordos coletivos regem direitos como teletrabalho, jornada de trabalho e negociações de condições laborais, enquanto políticas corporativas precisam respeitar a legislação local para evitar litígios.
Além disso, a forma como uma marca de luxo gerencia seus colaboradores impacta diretamente sua reputação, já que questões trabalhistas podem repercutir na percepção do consumidor, na imagem da marca e até em seu valor de mercado. Para grupos globais como a Kering, compreender e aplicar corretamente essas normas é essencial para garantir conformidade legal, relações laborais saudáveis e sustentabilidade nos negócios.
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