Justiça italiana decreta administração judicial da Loro Piana por indícios de exploração trabalhista
- JURÍDICO FASHION

- 25 de jul.
- 2 min de leitura
A Loro Piana, tradicional marca italiana de luxo pertencente ao grupo LVMH, foi colocada sob administração judicial pelo Tribunal de Milão. A decisão, com validade inicial de um ano, surge após uma investigação conduzida pelo procurador Paolo Storari, que revelou que a empresa terceirizava parte de sua produção têxtil, incluindo casacos, para oficinas que operavam em condições de exploração laboral.

De acordo com a decisão judicial, os ambientes de trabalho denunciados não respeitavam normas básicas de segurança, higiene e direitos trabalhistas, levantando sérios questionamentos sobre a responsabilidade da marca no controle da sua cadeia produtiva. A administração judicial, medida rara em casos envolvendo marcas de luxo, visa garantir a correção das irregularidades sem que seja necessário interromper a operação da empresa, embora o impacto reputacional e jurídico seja inegável.
Sob a ótica do Fashion Law, esse caso escancara a relevância de políticas de compliance robustas, auditorias periódicas e cláusulas contratuais eficazes para a gestão de riscos na cadeia produtiva da moda. Em um contexto global em que a transparência e a responsabilidade social corporativa são exigências não apenas éticas, mas legais, episódios como esse reafirmam a importância da diligência jurídica prévia na escolha de fornecedores e na formalização de parcerias.

O Fashion Law atua justamente nesse ponto sensível entre criação, produção e responsabilidade legal. E se até mesmo uma gigante do setor pode ser atingida por práticas ilícitas vinculadas a fornecedores terceirizados, fica o alerta: a gestão jurídica estratégica não é opcional, é indispensável para marcas que desejam se manter competitivas, legítimas e socialmente responsáveis.
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