Farm Rio ultrapassa 2 milhões de árvores plantadas e reforça o compromisso entre moda e regeneração ambiental

O caminho entre moda e sustentabilidade tem se tornado cada vez mais jurídico, estratégico e irreversível. A Farm Rio, uma das marcas brasileiras mais reconhecidas no cenário internacional, acaba de anunciar dois marcos em seu compromisso socioambiental: R$ 2 milhões investidos no edital RE-FARM CRIA — que financia projetos de jovens empreendedores em arte, moda e cultura — e 2 milhões de árvores plantadas por meio da iniciativa “Mil Árvores por Dia, Todos os Dias”.

Imagem/reprodução: Farm Rio

Esses resultados consolidam um modelo de atuação que vai além da estética e da narrativa criativa: eles colocam a Farm no centro de uma discussão global sobre responsabilidade ambiental e governança ética na moda. Criado em 2020, o programa de reflorestamento da marca atua hoje nos seis biomas brasileiros, contemplando inclusive áreas de manguezais e territórios indígenas como os do povo Yawanawá, no Acre. Com o apoio de mais de 20 organizações parceiras, o projeto já possibilitou a recuperação de mais de 1.000 hectares e o cultivo de 300 espécies nativas, com resultados reconhecidos por premiações nacionais e alinhamento a 13 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Do ponto de vista jurídico, essas ações dialogam diretamente com o Direito Ambiental aplicado à Moda, que estabelece diretrizes para a sustentabilidade na cadeia produtiva — desde a extração de matéria-prima até o descarte e regeneração. A política de reflorestamento, por exemplo, não é apenas uma ação ecológica, mas uma estratégia de compliance socioambiental, que permite à marca cumprir obrigações regulatórias, mitigar riscos de responsabilidade civil e fortalecer a sua reputação perante órgãos reguladores e consumidores conscientes.

Já o RE-FARM CRIA, lançado em 2022, representa um modelo de incentivo cultural e social com relevância jurídica expressiva. O programa financia projetos alinhados a temas como mudanças climáticas, justiça social e proteção da biodiversidade, já tendo apoiado 121 iniciativas entre mais de 900 inscrições e impactado cerca de 120 mil pessoas. A iniciativa se enquadra no conceito de Fashion Law Comunitário, em que o investimento privado em cultura, arte e educação se torna uma ferramenta de transformação social regulada por contratos de fomento, leis de incentivo e diretrizes de diversidade e inclusão.

No âmbito internacional, a atuação da Farm reforça o protagonismo do Brasil no movimento de regeneração ambiental e moda ética, ao demonstrar que a sustentabilidade não precisa estar dissociada da rentabilidade. Em tempos em que as legislações sobre transparência de cadeia produtiva, ESG e due diligence ambiental se fortalecem na Europa e nos Estados Unidos, a marca projeta uma imagem de compliance preventivo — antecipando exigências legais e se posicionando como uma referência em governança sustentável.

A soma dos investimentos, dos reflorestamentos e das ações sociais não apenas fortalece o branding da Farm, mas também redefine o papel jurídico das marcas de moda na contemporaneidade. A empresa se torna exemplo de como o Fashion Law pode ser instrumento de transformação ecológica e cultural, orientando políticas empresariais que unem estética, ética e impacto real.

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