Dua Lipa une ciência e Fashion Law no lançamento da marca DUA em parceria com Augustinus Bader
- JURÍDICO FASHION

- 14 de nov.
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A indústria da moda e da beleza continua a expandir seus limites, e o novo movimento de Dua Lipa, com o lançamento da marca DUA em parceria com o cientista Augustinus Bader, exemplifica como o Fashion Law atua na intersecção entre inovação, branding e governança jurídica.

A marca, desenvolvida ao longo de três anos, traz uma coleção minimalista de produtos de skincare — mas, por trás do glamour, existe uma estrutura jurídica complexa que sustenta todo o projeto. A colaboração com Augustinus Bader envolve contratos de co-criação e de licenciamento tecnológico, uma vez que a linha utiliza o complexo TFC5, uma variação adaptada da tecnologia TFC8, patente do laboratório Bader. Esse tipo de relação exige uma clara definição de direitos de propriedade intelectual, royalties, confidencialidade e titularidade sobre novas fórmulas ou descobertas derivadas.

Outro ponto essencial está na proteção marcária. O nome “DUA”, além de carregar a identidade artística da cantora, torna-se um ativo intangível de valor econômico. Registrar a marca globalmente assegura exclusividade, evita disputas por naming rights e protege o símbolo que traduz a essência do negócio. No contexto do Direito da Moda, o registro internacional de marcas — especialmente em parceria com empresas já estabelecidas — requer atenção a tratados internacionais como o Protocolo de Madri e às especificidades de cada jurisdição.

Há ainda aspectos relacionados à licença de imagem e direito de personalidade, pois o rosto, a voz e o nome de Dua Lipa passam a representar a identidade visual e comercial da marca. Essa vinculação exige cláusulas que determinem o controle criativo, o tempo de uso e os limites de exploração comercial da sua imagem.
Do ponto de vista da comunicação e compliance, a marca DUA também reflete uma preocupação crescente com práticas de sustentabilidade e transparência, valores que estão se tornando exigências contratuais em colaborações do setor de moda e beleza. As embalagens recicláveis e as fórmulas limpas apontam para um alinhamento com legislações ambientais e diretrizes de marketing ético, sobretudo no mercado europeu.

Por fim, o projeto DUA ilustra um movimento maior: o das celebridades que transformam sua influência em propriedade intelectual estruturada juridicamente, com gestão de marca, contratos de governança e estratégias de expansão global. O Direito da Moda é o elo que torna essas parcerias possíveis — garantindo que criatividade, ciência e mercado coexistam de forma segura, ética e sustentável.
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