Converse e Isabel Marant: collab reflete o valor jurídico das parcerias no mercado de moda
- JURÍDICO FASHION
- há 1 dia
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Na última quinta-feira, 6 de junho, chega ao mercado brasileiro a nova edição da colaboração entre a Converse e a estilista francesa Isabel Marant. A collab retoma o icônico Chuck 70 com ares boho, estilo que marca profundamente a identidade estética de Isabel, em uma releitura que une tradição e contemporaneidade. Os modelos chegam em pontos de venda selecionados e no e-commerce da Converse.
Além do impacto visual e da força comercial que essas parcerias trazem, colaborações internacionais como essa levantam questões relevantes dentro do Fashion Law. O que parece apenas uma ação de co-branding esconde uma estrutura jurídica robusta por trás: é preciso alinhar contratos de licenciamento, prever a proteção dos designs criados em conjunto e delimitar claramente os direitos e deveres de ambas as marcas.
No caso de colaborações criativas, é essencial definir quem detém os direitos autorais sobre os novos modelos, como será feita a distribuição de lucros, quais os limites do uso de imagem e nome da marca parceira, e até mesmo se a parceria prevê exclusividade por determinado tempo ou região.
Outro ponto importante é a proteção do design. Ao reinterpretar um modelo clássico como o Chuck 70, é necessário garantir que a nova versão esteja juridicamente protegida contra cópias ou apropriações indevidas, especialmente considerando o alto valor simbólico e mercadológico do tênis. Isso exige, muitas vezes, o registro do design como propriedade industrial ou a utilização de cláusulas específicas nos contratos de colaboração.
Mais do que ações de marketing, essas collabs representam movimentos estratégicos com impactos jurídicos significativos. E é justamente por isso que o Fashion Law se torna cada vez mais indispensável na construção de parcerias criativas, garantindo que a moda siga inovando sem deixar de se proteger.
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