Expressão de identidade: C&A aposta em collab com cinco grandes stylists brasileiros
- JURÍDICO FASHION
- há 2 dias
- 2 min de leitura
A gigante do varejo C&A apresentou nesta semana a coleção “C&A & Stylists”, um projeto que une moda, criatividade e identidade em uma collab inédita com cinco grandes nomes do styling brasileiro: Antônio Frajado, Rita Lazzarotti, Yan Acioli, Babi Louise e Daniel Ueda. Cada stylist desenvolveu uma microcoleção inspirada em suas próprias referências e estilo pessoal, resultando em um mix diverso e autêntico de peças que representam diferentes formas de vestir e ser.
A coleção é marcada por propostas distintas: Frajado apostou no jeans urbano e volumoso; Lazzarotti revisitou os anos 90 com um olhar grunge; Acioli explorou a fluidez de gênero e a força dos acessórios; Louise trouxe alfaiataria com personalidade; e Ueda misturou esportivo e streetwear em uma estética contemporânea. Com isso, a C&A reforça seu posicionamento como marca democrática, que acredita na moda como forma de expressão e conexão com o público.

Do ponto de vista do Direito da Moda, o lançamento da coleção levanta uma série de questões jurídicas relevantes. A cocriarividade entre marca e stylists exige acordos que envolvem a gestão de direitos autorais sobre as peças desenvolvidas, definição de royalties (quando houver), contratos de uso de imagem e cláusulas sobre exclusividade, confidencialidade e responsabilidade sobre o resultado final.
Além disso, o uso da imagem e identidade estética dos stylists, que são figuras públicas com forte posicionamento no mercado, implica na necessidade de um cuidado redobrado em relação à proteção da personalidade artística. O Fashion Law é responsável por garantir que esses profissionais tenham seus direitos resguardados, especialmente no que diz respeito à associação de seus nomes a produtos comerciais.
Outro ponto importante é a relação entre marca e consumidor. Ao promover uma campanha com foco em identidade e diversidade, a empresa assume um compromisso com representatividade, o que impacta diretamente o marketing, a comunicação e os valores jurídicos que envolvem responsabilidade social corporativa e práticas ESG. Nesse cenário, a atuação preventiva e estratégica do jurídico da moda é essencial para alinhar inovação com segurança.
A moda colaborativa vem ganhando força nos últimos anos, e esse tipo de parceria criativa tende a crescer ainda mais no Brasil. A participação de stylists como cocriadores não só valoriza o design nacional, como também promove uma estrutura jurídica mais sofisticada e respeitosa para todos os envolvidos. No fim das contas, quando moda e direito caminham juntos, o resultado é uma criação com mais liberdade, mas também com mais responsabilidade.
Para participar de discussões exclusivas sobre Fashion Law em tempo real, cadastre-se na comunidade através do link:
Comments