Renner aposta na magia de “Lilo & Stitch”: licenciamento de personagens no universo da moda
- JURÍDICO FASHION

- 14 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jul.
A Renner, uma das maiores varejistas de moda do Brasil, anunciou o lançamento de uma coleção especial inspirada no live-action de “Lilo & Stitch”, que chegou às telonas em 22 de maio. Voltada para o público infantil e adulto, a coleção reúne itens como camisetas, calças, pijamas, acessórios de beleza e até peças para praia. Tudo pensado para oferecer conforto e estilo, seja em casa ou em passeios ao ar livre.

O grande destaque da coleção está nas peças interativas, com tecidos de pelúcia, acabamentos diferenciados e aplicações das icônicas orelhinhas do Stitch, um elemento que conecta o universo lúdico da Disney ao cotidiano de quem consome moda com afeto e memória afetiva.
No campo do Fashion Law, esse tipo de lançamento envolve um dos pilares mais relevantes do setor: o licenciamento de marcas e personagens protegidos por direitos autorais. A utilização da imagem de Stitch, um personagem da Disney, só é possível por meio de um contrato formal que autorize a Renner a desenvolver, divulgar e comercializar produtos com base nessa propriedade intelectual.
Esse contrato de licenciamento geralmente estipula:
• O prazo e o território em que a marca poderá explorar a imagem do personagem;
• Os tipos de produtos permitidos;
• As porcentagens de royalties a serem pagas ao detentor dos direitos (Disney);
• E as cláusulas de aprovação, que garantem à Disney o controle estético e criativo das peças.
Além disso, o licenciamento envolve também questões de compliance, uso adequado da identidade visual, marketing alinhado com os valores da marca licenciada e proteção da imagem perante o público. No Brasil, os direitos autorais e as marcas registradas são protegidos por legislações específicas, como a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) e a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96), sendo essencial o suporte jurídico nessas operações.
A união entre moda e entretenimento é uma das estratégias mais poderosas para criar desejo, engajamento e diferenciação no varejo. Mas ela só é eficaz — e segura — quando respeita os fundamentos jurídicos que regem o uso comercial de ativos intelectuais.
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