Palm Angels anuncia parceria com a Revlon: licenciamento de fragrâncias
- JURÍDICO FASHION

- 29 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jul.
No dia 20 de maio, a Revlon anunciou a assinatura de um novo acordo de licenciamento com a marca italiana Palm Angels. A colaboração prevê o desenvolvimento de linhas de fragrâncias para homens e mulheres, além de produtos perfumados auxiliares. O lançamento da primeira coleção está marcado para 2027 e integra a estratégia da marca de expandir sua atuação no universo do lifestyle de luxo.

Fundada em 2015 por Francesco Ragazzi, a Palm Angels é conhecida por unir a estética da cultura de skate americana com a sofisticação do trabalho artesanal italiano. A marca atrai um público jovem, conectado à moda e ao streetwear de luxo, incluindo celebridades e artistas internacionais. No início deste ano, a Palm Angels foi adquirida pela Bluestar Alliance, que também comprou recentemente a Off-White da LVMH.
“Estamos entusiasmados com a parceria com a Revlon para criar a primeira coleção permanente de fragrâncias da Palm Angels”, afirmou Joey Gabbay, CEO da Bluestar Alliance. Segundo ele, a expertise da Revlon permitirá à marca expandir sua experiência de estilo de vida, consolidando o perfume como mais um pilar de identidade no momento em que a Palm Angels celebra seu décimo aniversário.
Do ponto de vista jurídico, essa movimentação representa um excelente exemplo de como o Direito da Moda atua de forma estratégica nas expansões de marca. O licenciamento é uma ferramenta essencial para a internacionalização e diversificação de negócios de moda, mas também exige rigor técnico: a marca licenciadora deve assegurar que o uso do nome Palm Angels nas fragrâncias respeitará padrões de qualidade, preservará a identidade visual, seguirá critérios territoriais e de distribuição bem definidos e estará ancorado em contratos sólidos, com cláusulas de exclusividade, fiscalização e penalidades.
Além disso, contratos de licenciamento podem abranger questões de propriedade intelectual, registro de fragrâncias como marca olfativa (em alguns países), e até disputas sobre titularidade de criações futuras. A parceria também impacta diretamente a reputação da marca no mercado de luxo, tornando a gestão jurídica ainda mais estratégica.
A Palm Angels demonstra, mais uma vez, que o crescimento de uma marca não está apenas no que ela veste, mas também no que ela representa – e proteger esse valor é, acima de tudo, uma questão jurídica.
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