Marni sob nova direção criativa: Meryll Rogge assume o comando da marca
- JURÍDICO FASHION

- 27 de jul
- 2 min de leitura
O Grupo OTB, que controla marcas como Diesel, Maison Margiela e a própria Marni, acaba de anunciar a nomeação da estilista belga Meryll Rogge como nova diretora criativa da Marni. A movimentação ocorre semanas após Rogge vencer o Andam 2025 Grand Prix de la Mode, um dos maiores prêmios da moda internacional, e representa um novo capítulo para a casa italiana, conhecida por seu estilo artístico e livre de convenções.

Com uma trajetória que inclui passagens pela Marc Jacobs e Dries Van Noten, além de sua própria marca, Meryll Rogge, lançada em 2020, a nova diretora criativa traz à Marni uma sensibilidade contemporânea que respeita o DNA criativo da grife, ao mesmo tempo em que propõe inovações em todas as frentes: vestuário, acessórios, comunicação, design de interiores e colaborações especiais.
Essa sucessão criativa não é apenas simbólica ou estética. No Direito da Moda, trata-se de um momento estratégico que exige sólida estrutura jurídica. Contratos com diretores criativos são documentos complexos, que abrangem desde cláusulas de confidencialidade e não concorrência até propriedade intelectual e limites de uso de imagem. Além disso, estão diretamente ligados à governança criativa da empresa: é preciso que as direções de branding, marketing e jurídico atuem em conjunto para garantir que a nova fase preserve os valores da marca e, ao mesmo tempo, permita a liberdade autoral do novo nome.
Em um cenário onde diretores criativos se tornaram celebridades e ativos valiosos por si só, a troca de comando em uma grife como a Marni reforça a importância do Fashion Law na estruturação de cargos de liderança criativa. É preciso definir, por exemplo, quem detém os direitos sobre coleções criadas, como lidar com possíveis sobreposições com trabalhos anteriores, e quais os limites para colaborações externas, tudo isso com impactos diretos no valor de mercado da marca.
A fala de Meryll Rogge revela essa consciência: “Assumir um papel definido por diretores criativos tão visionários é tanto uma honra quanto uma inspiração”, declarou. Do ponto de vista jurídico, esse “papel” vai muito além da criação, ele envolve compromissos contratuais, estratégia de marca e o gerenciamento de direitos que sustentam toda a cadeia criativa da empresa.
A Marni entra, agora, em uma nova fase. E com ela, mais uma oportunidade de refletir sobre o papel do Fashion Law na estruturação sólida e segura de decisões que definem o futuro das marcas.
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