Gigi Hadid e Havaianas: colaboração criativa que fortalece branding, licensing e identidade cultural

Gigi Hadid, um dos maiores nomes da moda mundial, acaba de lançar sua primeira coleção-cápsula com a Havaianas, marca brasileira consagrada por transformar chinelos em item fashion no streetwear global. O projeto une moda, memória afetiva e um posicionamento de marca sofisticado: Gigi, que já era embaixadora da marca, agora assume também o papel de diretora criativa na nova linha, que resgata elementos nostálgicos como ilustrações de pin-ups, tons inspirados no mar e no pôr do sol e sua estética californiana descontraída.

Imagem/reprodução: Gigi Hadid

Sob a ótica do Fashion Law, essa parceria é rica em elementos jurídicos relevantes. Do ponto de vista contratual, é essencial a existência de acordos bem estruturados envolvendo licenciamento de imagem e atuação criativa. Como Gigi assina o design da coleção, é necessário prever os direitos patrimoniais e morais sobre as estampas, o uso do nome da artista como co-criadora e os termos de remuneração por eventual exploração comercial das peças assinadas.

Além disso, essa colaboração reforça o posicionamento global da Havaianas como ícone da identidade cultural brasileira. A estética da coleção valoriza o “brazilian core”, tendência que exalta elementos culturais do país, e isso exige estratégias de proteção jurídica que incluam o registro da marca em diferentes territórios, a prevenção de cópias e apropriações indevidas, e a preservação da imagem nacional associada ao produto.

Imagem/reprodução: Gigi Hadid

Outro aspecto importante é a coesão entre branding e propriedade intelectual. A união entre uma supermodelo global e uma marca nacional exige atenção a cláusulas de exclusividade, não concorrência, compliance de imagem e convergência entre os valores da marca e da artista, elementos que fortalecem a consistência da narrativa e da identidade institucional da colaboração.

Essa parceria também demonstra o valor estratégico de investir em embaixadores que não apenas representem, mas cocriem com a marca, algo que amplia a conexão com o público e exige uma abordagem jurídica refinada e interdisciplinar.

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