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Expansão comercial: Nike expande presença na China com novo estúdio criativo em Xangai

A gigante americana Nike anunciou a criação de um novo estúdio criativo em Xangai, como parte de sua estratégia de expansão na China, mercado que, apesar de ter sofrido retração nos últimos anos, ainda representa um pilar importante para a marca. A nova unidade criativa fará parte da Icon Studios, divisão de produção interna da empresa, responsável por desenvolver conteúdo visual e digital, desde vídeos promocionais até fotografias de produtos, além de projetos específicos voltados ao comércio eletrônico, redes sociais e transmissões ao vivo.


Com esse movimento, a Nike reforça seu posicionamento local com a proposta de produzir conteúdo “adequado para a China”, tanto em linguagem quanto em estética e velocidade de entrega. A ideia é gerar uma comunicação que dialogue diretamente com o consumidor chinês, respeitando suas referências culturais e hábitos de consumo. O estúdio também contará com um time de cerca de duas dezenas de profissionais, entre produtores, editores, planejadores de negócios e especialistas em logística.


Sob a perspectiva do Direito da Moda, essa estratégia traz à tona debates importantes. Primeiro, sobre a proteção de propriedade intelectual em ambientes globais: ao desenvolver conteúdo adaptado culturalmente, a Nike precisa registrar e proteger esse material dentro das normas chinesas, que diferem das legislações ocidentais. A atuação do Icon Studios em Xangai exige contratos robustos com cláusulas claras sobre autoria, direitos de uso, distribuição e confidencialidade — especialmente em um país conhecido por suas políticas rígidas e por um ambiente regulatório específico para publicidade, proteção de dados e conteúdo digital.


Além disso, o fortalecimento de estúdios criativos internos sinaliza uma tendência para marcas de moda que desejam ganhar autonomia na produção de imagem e voz da marca, em vez de depender exclusivamente de agências externas. Isso levanta questões contratuais complexas sobre relações trabalhistas, criação em ambiente corporativo (obra feita sob encomenda), e gestão da reputação digital em diferentes jurisdições.


A Nike, ao se adaptar ao mercado chinês com um modelo de produção localizado, também revela o quanto o setor da moda precisa de suporte jurídico especializado para navegar nas fronteiras internacionais com segurança e criatividade.


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