Dior fora da Alta-Costura: o que está por trás da decisão e o que isso revela sobre o mercado de luxo?
- JURÍDICO FASHION

- 9 de jun.
- 1 min de leitura
Atualizado: 26 de jul.
A Dior não participará da próxima temporada de Alta-Costura em Paris, marcada para os dias 7 a 10 de julho. A decisão veio acompanhada da nomeação de Jonathan Anderson como novo diretor artístico das linhas masculina, feminina e de alta-costura da maison. Sua estreia ocorrerá ainda em junho, no desfile masculino da marca.

Enquanto isso, grifes como Maison Margiela, Iris Van Herpen e Adeline André retornam ao line-up oficial, ao lado de gigantes como Chanel, Giorgio Armani, Schiaparelli e Balenciaga. O calendário também traz novidades como Glenn Martens sucedendo John Galliano e o destaque para designers convidados como Ardazaei e Robert Wun.
O universo da Alta-Costura não é apenas um show visual: é um complexo ecossistema jurídico, contratual e estratégico. A decisão da Dior de se ausentar pode envolver cláusulas de exclusividade, reestruturações internas, contratos suspensos, realocação de recursos e negociações com fornecedores de alto padrão.
A mudança na liderança criativa exige adaptações em contratos de trabalho, acordos com ateliers parceiros, e pode até suspender compromissos anteriores com a Fédération de la Haute Couture et de la Mode. Além disso, os desfiles impactam acordos de imagem, licenciamento de produtos, propriedade intelectual (sobretudo em designs exclusivos) e contratos com agências de casting, stylists e artistas.
A Alta-Costura, portanto, é também um palco jurídico. Quando uma maison sai do calendário oficial, é como se uma cláusula estratégica fosse invocada nos bastidores, e o Fashion Law está presente em cada detalhe dessa movimentação.
Para participar de discussões exclusivas sobre Fashion Law em tempo real, cadastre-se na comunidade através do link: https://www.juridicofashion.com/páginadacomunidade



Comentários