Comme des Garçons chega ao Brasil: debate sobre entrada de marcas internacionais

Na sexta-feira, 13 de junho, a Comme des Garçons, grife japonesa criada por Rei Kawakubo e referência mundial por sua estética desconstrutiva e vanguardista, abriu as portas da sua primeira loja na América Latina, e o endereço escolhido foi o Iguatemi São Paulo. A boutique, com 160 m², foi totalmente projetada internamente pela própria marca, que mantém a tradição de criar uma identidade arquitetônica única para cada local.

Imagem/reprodução: Comme des Garçons

Além das coleções Primavera/Verão 2025, o espaço reúne linhas como Comme des Garçons, Homme Plus, CDG Play, CDG Short Forever e a colaboração com a Converse. A inauguração ainda conta com uma instalação exclusiva da Comme des Garçons Homme Plus, assinada por Kawakubo, que ficará exposta até o dia 1º de julho em um espaço adjacente à loja.

A escolha do Iguatemi não é à toa: trata-se do primeiro shopping center do Brasil, reconhecido por reunir as maiores grifes internacionais em um ambiente de alto padrão. A chegada da Comme des Garçons ao mercado brasileiro representa não apenas um avanço no setor de moda de luxo, mas também um ponto de atenção para o Fashion Law.

A entrada de marcas internacionais no Brasil exige uma estrutura jurídica robusta: desde o registro de marca junto ao INPI, até a análise tributária e aduaneira para importação, além da definição de contratos para representação, distribuição ou franquia. É fundamental garantir a conformidade com as legislações brasileiras de consumo, publicidade e direito autoral, sobretudo em casos que envolvem experiências sensoriais e instalações artísticas como as que acompanham essa abertura.

No campo da propriedade intelectual, o lançamento em solo brasileiro impõe o desafio de proteger não apenas o nome e o logotipo, mas também os elementos de design, conceito arquitetônico e colaborações exclusivas, ativos que fazem parte da identidade da Comme des Garçons.

Com a intensificação do fluxo de grifes internacionais em direção ao Brasil, o Direito da Moda se torna cada vez mais relevante como ferramenta de suporte à expansão global e à proteção de marcas estrangeiras em novos territórios. A atuação jurídica estratégica, portanto, é indispensável para garantir que a vanguarda criativa caminhe com segurança no ambiente normativo nacional.

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