Ralph Lauren inaugura loja no Iguatemi São Paulo: o Direito da Moda por trás do luxo físico

A Polo Ralph Lauren inaugurou uma nova loja no piso superior do Shopping Iguatemi São Paulo, um dos endereços mais estratégicos e sofisticados do varejo brasileiro. O espaço oferece coleções femininas, masculinas e infantis da grife americana, e chama atenção pelo projeto arquitetônico que combina tradição e modernidade — com fachada em pedra calcária, vitrines emolduradas em bronze envelhecido e ambientes internos pensados para uma experiência imersiva.

Imagem/reprodução: Raph Lauren

A inauguração integra o plano global da Ralph Lauren Corporation chamado “Next Great Chapter: Accelerate”, que visa promover crescimento sustentável e fortalecimento da marca em cidades-chave ao redor do mundo.

Sob a perspectiva do Fashion Law, uma movimentação como essa vai muito além do marketing. Ela exige uma arquitetura jurídica sólida para sustentar cada passo — do contrato de locação no shopping (geralmente com cláusulas altamente específicas), à proteção da propriedade intelectual do design arquitetônico e de interiores. O layout da loja, os elementos decorativos, a disposição dos ambientes e até os aromas ou sons utilizados podem ser considerados ativos intangíveis protegíveis.

Além disso, é preciso observar a conformidade com normas de direito do consumidor, acessibilidade, segurança do trabalho e responsabilidade civil em caso de experiências imersivas ou interativas. A comunicação visual da loja, especialmente o uso de monitores digitais, também exige atenção especial às regras de publicidade, especialmente em espaços compartilhados como shoppings.

A experiência física de marca, especialmente no universo do luxo, representa uma potente extensão da sua identidade — e precisa ser juridicamente estruturada com o mesmo cuidado que se tem com uma campanha global.

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