Chloe Malle é anunciada como sucessora de Anna Wintour na Vogue

Após 37 anos como editora-chefe da Vogue Americana, Anna Wintour deixa oficialmente o cargo, sendo sucedida por Chloe Malle, de 39 anos, que já integrava a equipe da publicação. A transição não surpreendeu a redação, visto que Malle, responsável pela versão digital da revista, vinha ganhando protagonismo editorial nos últimos anos.

Imagem/reprodução: Instagram/@chloemalle

Em comunicado, Wintour destacou que “a moda é a arte de abraçar a mudança”, e celebrou a escolha de sua sucessora, reforçando que agora focará no crescimento global da marca e em projetos como o Met Gala e o Vogue World.

Chloe Malle, filha da atriz Candice Bergen e do cineasta francês Louis Malle, formou-se em literatura comparada e escrita pela Brown University. Sua carreira passou pelo New York Observer e pelo New York Times, antes de ingressar na Vogue em 2011 como editora social. Desde então, consolidou-se como uma voz influente, assinando coberturas de grande repercussão, como o casamento de Naomi Biden na Casa Branca, em 2022, e entrevistas exclusivas como a concedida por Lauren Sanchez antes de seu casamento com Jeff Bezos.

Do ponto de vista do Fashion Law, a transição de poder em uma das maiores revistas de moda do mundo não é apenas uma questão de estilo editorial. A Vogue é uma plataforma estratégica para grandes marcas de luxo, influenciando negociações bilionárias em publicidade, contratos de licenciamento e colaborações internacionais. A liderança de Chloe Malle pode significar mudanças na forma como a publicação aborda temas jurídicos centrais da moda, como a regulação da publicidade digital, a proteção da propriedade intelectual em ambientes virtuais e a exigência de práticas sustentáveis.

Outro ponto relevante é o impacto sobre a governança corporativa da própria Condé Nast, editora responsável pela Vogue. Mudanças de comando em cargos-chave afetam diretamente a gestão de contratos, parcerias de mídia e eventos de grande porte, como o Met Gala, que movimenta não apenas a moda, mas também o direito de imagem e o patrocínio global.

Nesse cenário, a chegada de Chloe Malle reforça como as transições editoriais em publicações de prestígio estão cada vez mais entrelaçadas ao Direito da Moda, demonstrando que decisões aparentemente criativas também envolvem estratégias jurídicas e negociais sofisticadas.

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