Chanel Haute Couture: Sofia Coppola lança livro inédito sobre a Maison e levanta debates no Direito da Moda
- JURÍDICO FASHION

- 17 de set.
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A Chanel apresentou ao mundo CHANEL Haute Couture, um livro inédito concebido por Sofia Coppola em parceria com a editora 7L e a própria Maison. Com mais de 450 páginas, a obra resgata a trajetória da Alta-Costura da marca, desde Gabrielle Chanel até Virginie Viard, unindo registros de arquivo, fotografias raras, bastidores e documentos visuais que consolidam a Chanel como símbolo cultural e estético.

Para além de sua relevância artística, o projeto editorial abre discussões jurídicas importantes. A curadoria de imagens históricas, sketches e registros de desfiles envolve o direito autoral e o direito de imagem — fundamentais no contexto do Fashion Law. Cada fotografia utilizada precisa de autorização ou enquadramento legal que assegure tanto a proteção dos fotógrafos quanto dos modelos e musas retratados. A ausência de cuidado nesse ponto pode gerar litígios mesmo em publicações de luxo.
Outro aspecto relevante é a propriedade intelectual do acervo Chanel. Ao compilar documentos e criações históricas, o livro reforça o valor patrimonial da marca e a necessidade de sua proteção contra usos indevidos. Isso mostra como as maisons, além de protegerem suas marcas registradas, também precisam desenvolver estratégias jurídicas para preservar seus arquivos, já que eles se tornam ativos de grande relevância cultural e financeira.

A assinatura de Sofia Coppola no projeto ainda traz à tona reflexões sobre coautoria e contratos criativos. A interseção entre cinema, moda e literatura editorial cria uma obra híbrida, cuja autoria precisa ser juridicamente definida para evitar disputas futuras sobre direitos patrimoniais e de exploração.
Por fim, o lançamento evidencia como a moda pode se consolidar como patrimônio cultural por meio de livros, exposições e filmes, mas sempre atravessada por questões legais. O livro da Chanel é uma celebração estética, mas também um lembrete de que a perpetuação de legados exige um olhar atento às fronteiras do Direito da Moda.
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