Victoria & Albert Museum celebra a história da Cartier com exposição inédita: o Direito da Moda brilha junto com as joias

O Victoria and Albert Museum, referência global em arte, moda e design, abre as portas para a primeira grande exposição sobre a Cartier no Reino Unido em quase três décadas. Com mais de 350 peças em exibição, a mostra mergulha na história da maison desde o início do século XX, período em que os netos do fundador Louis-François Cartier expandiram a marca com filiais em Paris, Londres e Nova York. Estarão expostos joias icônicas, relógios raros, pedras históricas, documentos inéditos e desenhos dos arquivos da Cartier e do próprio museu. Além disso, a curadoria reuniu peças emprestadas pelo Rei Charles III, instituições renomadas e colecionadores particulares.

Imagem/reprodução: Pinterest

Mas por trás do brilho das vitrines, há uma estrutura jurídica essencial que sustenta esse tipo de exposição internacional. Cada peça exposta exige um contrato específico, que determina responsabilidades sobre transporte, conservação e devolução. Obras provenientes de acervos particulares ou da realeza exigem cláusulas rigorosas sobre segurança e rastreamento. O seguro dessas joias envolve valores milionários e cobertura internacional, e as imagens utilizadas na divulgação passam por contratos de licenciamento que garantem o uso legal da propriedade intelectual da marca e dos acervos.

Além disso, há questões contratuais envolvendo a colaboração entre o Victoria & Albert Museum e a Cartier, desde o uso de arquivos até os direitos de exibição de croquis originais, o que exige atenção especial ao direito autoral e à proteção da herança artística da maison. A curadoria também precisa respeitar legislações culturais e patrimoniais específicas de cada país de origem das peças emprestadas.

A exposição não apenas enaltece a trajetória de uma das joalherias mais icônicas do mundo, como também revela, nos bastidores, a relevância do Direito da Moda na preservação, circulação e valorização da história do luxo.

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