Urban Ballet está de volta: o relançamento da Make B. e os bastidores jurídicos da construção de um legado de beleza

O Grupo Boticário relançou uma de suas linhas mais emblemáticas: a Urban Ballet, da marca Make B. Lançada originalmente em 2016, a coleção retorna agora em edição limitada, combinando tecnologia dermomake, fórmulas de alta performance e um design que homenageia o universo do balé, com destaque para os batons em formato de sapatilha e uma paleta de sombras com texturas exclusivas.

Imagem/reprodução: O Boticário

Mais do que um simples relançamento, a estratégia evidencia o poder de um branding bem construído e emocionalmente conectado ao consumidor. No entanto, para que coleções como essa retornem com sucesso e segurança, o Fashion Law tem um papel essencial.

A começar pela proteção do design. O formato inusitado dos batons, que remete à sapatilha de balé, pode ser protegido por registro de desenho industrial, garantindo à marca exclusividade sobre a estética e impedindo a cópia por concorrentes. Esse tipo de proteção é especialmente importante em segmentos como o de beleza, onde embalagens e formas exercem grande influência na percepção do consumidor.

Outro ponto sensível está na fórmula dos produtos. Muitas marcas consideram suas composições verdadeiros segredos industriais. Isso exige o uso de acordos de confidencialidade com laboratórios, fornecedores e profissionais envolvidos no desenvolvimento da linha, além de cláusulas contratuais específicas que tratam da propriedade da fórmula e do seu uso comercial.

O relançamento de Urban Ballet também reforça o valor jurídico do patrimônio intangível das marcas. O simples fato de um item ser considerado “icônico” ou “memorável” não é apenas uma questão de marketing, mas de estratégia legal. Storytelling, memória afetiva e legado são ativos que podem ser explorados comercialmente e devem estar amparados por proteção jurídica adequada, desde o nome da coleção até os elementos visuais e olfativos.

O Direito da Moda se conecta com esses movimentos de mercado ao oferecer segurança para que a criatividade e a inovação possam se expressar com liberdade, mas também com proteção. No caso de Make B., a elegância do balé encontra a precisão dos contratos, dos registros e das estratégias jurídicas que sustentam uma coleção que já nasceu para ser eterna.

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