Shein avalia retorno à China para viabilizar IPO em Hong Kong
- JURÍDICO FASHION

- 26 de ago.
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A Shein Group, uma das maiores varejistas de fast-fashion do mundo, avalia transferir sua sede de Cingapura de volta para a China continental como estratégia para destravar seu processo de abertura de capital em Hong Kong. Segundo a Bloomberg News, a empresa já consultou advogados para analisar a criação de uma nova empresa-mãe na China, embora as discussões ainda estejam em fase preliminar.

O movimento não é apenas empresarial, mas também jurídico. A Shein busca alinhar-se às exigências regulatórias de Pequim, que possui papel decisivo na aprovação de IPOs offshore. Nos últimos anos, a companhia enfrentou barreiras para listar suas ações em Nova York e Londres, enfrentando resistência tanto dos reguladores chineses quanto de políticos estrangeiros que criticam seu modelo de produção, práticas trabalhistas e impacto ambiental.
Sob a ótica do Direito da Moda, a situação revela como a expansão internacional das empresas de vestuário não depende apenas de estratégias comerciais, mas de uma complexa articulação entre normas locais, tratados internacionais e políticas de mercado de capitais. A tentativa de retorno à China reforça que, para marcas globais, as decisões de governança corporativa e de estrutura societária são moldadas tanto por fatores políticos quanto por pressões regulatórias.
Além disso, o caso Shein abre debates importantes sobre transparência, responsabilidade social corporativa e a crescente necessidade de conformidade legal no setor de moda, especialmente em um contexto de maior escrutínio global sobre práticas de produção e sustentabilidade.
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