Segundo semestre da semana de moda 2025: o calendário que dita o futuro criativo da indústria

A temporada começou oficialmente com a Copenhagen Fashion Week, que aconteceu de 4 a 8 de agosto, já consolidada como uma das semanas de moda mais sustentáveis e inovadoras do mundo. Além dos desfiles, o evento também se destaca pelo programa CPHFW New Talent, que impulsiona novos estilistas no circuito global.

Imagem/reprodução: Google

Na sequência, entre 11 e 16 de setembro, é a vez da New York Fashion Week, que abre o calendário das “Big Four” com a apresentação das coleções prêt-à-porter primavera/verão 2026. Depois, de 18 a 22 de setembro, a London Fashion Week retoma sua programação, trazendo um line-up reforçado e celebrando marcos importantes de grifes britânicas.

De 17 a 23 de setembro, a Milan Fashion Week movimenta a temporada italiana com 55 desfiles presenciais e estreias aguardadas, como a de Louise Trotter na Bottega Veneta. Já de 29 de setembro a 7 de outubro, a Paris Fashion Week encerra a maratona internacional reunindo mais de 100 apresentações, incluindo desfiles históricos para Dior, Balenciaga, Chanel e outras maisons de destaque.

Sob a ótica do Fashion Law, cada um desses eventos é cercado de questões jurídicas complexas. Há contratos de exclusividade com modelos e estilistas, proteção autoral sobre designs, acordos de colaboração e licenciamento de marcas, além da regulação sobre eventos internacionais e exportação de produtos. Em muitos casos, um desfile não é apenas o ápice criativo, mas também a concretização de meses de negociações contratuais e estratégias de compliance, especialmente quando envolve diferentes jurisdições.

O calendário brasileiro também tem presença marcante no segundo semestre, com a São Paulo Fashion Week prevista para outubro, seguida pela Semana de Moda Periférica em novembro e pela Casa de Criadores e Brasil Eco Fashion Week em dezembro. Ainda que as datas exatas estejam por ser confirmadas, esses eventos reforçam a pluralidade criativa nacional e geram oportunidades jurídicas para designers e marcas emergentes.

Essas semanas de moda, em escala global, não apenas revelam tendências e ditam o tom da próxima estação, mas também funcionam como um termômetro para os desafios e inovações jurídicas que o setor enfrenta. Propriedade intelectual, gestão de contratos e parcerias internacionais se tornam parte essencial dessa engrenagem, exigindo cada vez mais especialização de profissionais que atuam na intersecção entre moda e direito.

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