Rotatividade de diretores artísticos não garante aumento de vendas, aponta especialista

Após uma temporada intensa em Milão e com os olhos agora voltados para Paris, a moda de luxo europeia se vê diante de uma onda de trocas e rotatividade de diretores artísticos nas grandes casas. Gucci, Dior e Bottega Veneta, entre outras, enfrentam um contexto de abrandamento do setor, marcado por incertezas econômicas globais, pressões de direitos aduaneiros nos Estados Unidos e mudanças no perfil do consumidor chinês.

Imagem/reprodução: Jonathan Siboni - Luxurynsight

Jonathan Siboni, especialista em luxo e fundador da Luxurynsight, ressalta que a substituição de diretores artísticos, ainda que possa gerar impacto emocional e atenção mediática, não garante aumento de volume de negócios. Para Siboni, a recuperação sustentável do setor passa por uma reflexão mais racional sobre identidade de marca, produção, pricing e desejabilidade, apoiada em análise de dados e ferramentas tecnológicas.

No contexto do Direito da Moda, essas mudanças evidenciam a necessidade de estratégias jurídicas que protejam a propriedade intelectual, os direitos sobre coleções, designs e a imagem institucional das marcas. Contratos bem estruturados e políticas internas de governança tornam-se essenciais para assegurar que as trocas de liderança criativa não comprometam ativos intangíveis nem a continuidade das coleções, reforçando a importância do acompanhamento jurídico especializado para grandes players do setor.

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