Luxo e tecnologia: desafios e oportunidades estratégicas para o Fashion Law
- JURÍDICO FASHION

- 5 de out.
- 1 min de leitura
O estudo da Bain & Co. em conjunto com o Comité Colbert evidencia que, apesar de a tecnologia ser percebida como estratégica por 85% dos diretores executivos do setor de luxo, apenas 35% dos diretores de TI integram os comitês executivos. Essa discrepância revela que as decisões sobre inovação digital, uso de inteligência artificial e gestão de dados ainda dependem de estruturas tradicionais, o que pode limitar o potencial de modernização e a eficiência operacional das marcas.

Do ponto de vista do Direito da Moda, esse cenário gera demandas jurídicas específicas. Investimentos em tecnologia no setor de luxo exigem contratos de licenciamento e desenvolvimento de software, proteção da propriedade intelectual das soluções digitais, segurança e compliance em dados de consumidores e parceiros, além de regulamentação de processos de e-commerce e marketing digital. A governança corporativa deve estar alinhada a esses desafios, garantindo que a inovação não comprometa a integridade jurídica da marca.
O relatório também destaca que, embora o setor invista cerca de 3,1% do seu volume de negócios em tecnologia, grande parte desse orçamento é destinado à manutenção de sistemas existentes (“run”) e apenas 37% a projetos de modernização (“change”). A lacuna entre percepção e realidade tecnológica exige que os grupos de luxo integrem especialistas em TI nos processos decisórios e construam uma estratégia jurídica que acompanhe a transformação digital. Isso inclui políticas de compliance, contratos de parceria tecnológica, proteção de dados sensíveis e alinhamento com legislações internacionais, garantindo que a inovação esteja sempre respaldada por segurança jurídica.
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