Lacoste entra para o cinema francês e transforma product placement em estratégia cultural
- JURÍDICO FASHION

- há 6 dias
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A Lacoste, tradicional marca francesa do grupo MF Brands, amplia sua atuação no universo cultural ao coproduzir “Chien 51”, o mais recente filme de Cédric Jimenez, lançado em 15 de outubro. Com orçamento de 42 milhões de euros, o thriller policial distópico adaptado do romance homônimo de Laurent Gaudé apresenta peças exclusivas da marca em cena, como um casaco bomber em tafetá de nylon acolchoado, com crocodilo matelassado e produzido em apenas 51 exemplares. Mais do que mera estratégia de marketing, essa parceria posiciona a Lacoste como interveniente direto na criação cultural, integrando moda, cinema e comunicação de forma estratégica.

O movimento não apenas garante product placement, mas também reforça a credibilidade da marca nos festivais de cinema e tapetes vermelhos, consolidando seu capital simbólico. Desde o anúncio da coprodução em maio, a associação da marca com atores como Adèle Exarchopoulos, Cédric Jimenez e Gilles Lellouche fortaleceu sua imagem, alinhando a Lacoste ao universo artístico francês. O filme foi promovido em eventos como a Mostra de Veneza e o desfile da Lacoste, garantindo exposição prolongada e legítima, que vai além de campanhas publicitárias tradicionais.
Do ponto de vista do Direito da Moda, esse tipo de parceria envolve questões complexas: contratos de coprodução, direitos de imagem, licenciamento de produtos no audiovisual, proteção de marca e regulamentações de publicidade cinematográfica. Ao coproduzir um filme, a Lacoste assegura o controle criativo sobre a presença de seus produtos, garantindo conformidade legal e maximização de valor de marca. Essa tendência já é observada em outros grupos de luxo, como LVMH e Kering, que têm explorado coprodução e co-desenvolvimento para integrar moda, cultura e mídia de maneira estratégica e economicamente vantajosa.
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