Kate Moss e Chloë Sevigny estrelam campanha de Outono de 2025 de Saint Laurent

A nova campanha da Saint Laurent, intitulada Velvet Heat, traz à tona mais do que imagens bonitas: ela desafia os limites do que é publicidade, do que é arte, e do que pode ou não ser juridicamente protegido no campo da moda.

Imagem/reprodução: Saint Laurent

Sob a direção criativa de Anthony Vaccarello, a marca francesa escolheu Kate Moss e Chloë Sevigny para reinterpretarem a coleção de Outono 2025 com total liberdade. O resultado é um ensaio visual intimista e sensorial, ambientado sob o céu de Los Angeles, sem roteiro, sem direção rígida, apenas com a força da presença e da assinatura estética dessas mulheres icônicas.

Kate Moss, que atua também como coautora estética do projeto, traduz nas imagens sua maturidade como símbolo da moda, com composições que priorizam o sentir ao invés de contar uma história linear. A presença de Chloë Sevigny e Frankie Rayder enriquece ainda mais a proposta, trazendo um olhar intergeracional, com referências tanto ao presente quanto à nostalgia fashion dos anos 2000.

Imagem/reprodução: Saint Laurent

A direção de fotografia de Mert Alas cumpre papel essencial na construção dessa atmosfera. Suas imagens alternam luz e sombra, corpos em movimento e paisagens abertas, compondo uma narrativa visual mais próxima de uma performance artística do que de uma campanha comercial clássica.

Essa estratégia não apenas rompe padrões estéticos, como também levanta reflexões importantes no campo do Fashion Law. Quando uma modelo como Kate Moss atua como força criativa, surge o questionamento: existe coautoria estética na moda? A liberdade editorial oferecida pelas marcas pode gerar ambiguidades na titularidade do material final? E como se define, juridicamente, o limite entre imagem artística e uso comercial da imagem da modelo?

Imagem/reprodução: Saint Laurent

Além disso, a abordagem intimista e espontânea da campanha provoca outra questão: em que medida o direito de imagem permite esse tipo de uso sem roteirização clara? A informalidade e naturalidade das cenas não anulam a necessidade de autorizações específicas, e o contrato precisa prever esses detalhes para evitar conflitos futuros.

No fim, a campanha Velvet Heat não apenas dita tendências visuais, mas se torna um ponto de partida para discussões cada vez mais sofisticadas sobre a interseção entre moda, arte, imagem e direito.

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