Farm Rio estreia programa de revenda nos EUA
- JURÍDICO FASHION

- 19 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de jul.
A Farm Rio, uma das marcas brasileiras mais reconhecidas por sua identidade vibrante e tropical, acaba de lançar seu primeiro programa de revenda, batizado de Farm Rio Closet to Closet, exclusivamente nos Estados Unidos. A proposta é estender o ciclo de vida das peças já adquiridas por clientes, por meio de parcerias com plataformas consolidadas como Poshmark e ThredUp.

Mais do que um avanço em sustentabilidade, o movimento também abre espaço para reflexões jurídicas. O Direito da Moda atua com força em contextos como este, especialmente em temas como logística reversa, contratos digitais, termos de uso de marketplaces internacionais, política de revenda, tributação sobre operações de segunda mão, proteção de dados e uso de imagem.
A Farm Rio, ao oferecer uma solução integrada com a Poshmark, onde o histórico de compras do cliente já gera automaticamente um anúncio, precisa garantir que seus contratos com a plataforma prevejam responsabilidades claras, tanto para questões de uso indevido quanto para eventuais disputas de consumo. Já na parceria com a ThredUp, a operação envolve emissão de etiquetas, análise de peças e oferecimento de crédito via vale-compras, o que exige conformidade com legislações locais sobre promoções, trocas e reembolsos.
Esse tipo de iniciativa, ainda que focada inicialmente no mercado americano, traz um desafio adicional: o alinhamento entre a legislação brasileira e a norte-americana, especialmente se a marca decidir expandir o modelo para outros países. A revenda internacional exige cautela quanto ao transporte de mercadorias, taxas alfandegárias, regulamentações ambientais e até mesmo as leis de concorrência local.
A atuação preventiva, com amparo jurídico adequado, é o que permite que projetos sustentáveis também sejam juridicamente viáveis. Além disso, o programa contribui para a educação do consumidor, reforçando a corresponsabilidade no ciclo da moda, algo que ganha cada vez mais importância em tempos de ESG e propósito de marca.
Com isso, a Farm Rio dá um passo importante não apenas como marca, mas como agente de transformação dentro do ecossistema fashion. O recado é claro: não basta apenas criar peças bonitas, é preciso pensar em toda a jornada do produto, inclusive o que vem depois da primeira compra.
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