Endless Narratives: Gucci lança novas vitrines
- JURÍDICO FASHION
- 22 de jan.
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A Gucci acaba de lançar globalmente o conceito de vitrines “Endless Narratives”, que visa transformar a experiência visual dos seus clientes e criar uma narrativa única e imersiva. Com estantes espelhadas e superfícies reflexivas, as vitrines não apenas exibem as coleções da marca, mas também elementos culturais e artísticos, como peças de arquivo Gucci e obras do renomado artista Luca Pignatelli, além do icônico calendário Timor de Enzo Mari. As novas vitrines serão inauguradas no Brasil nos Shoppings Iguatemi, JK Iguatemi e Cidade Jardim a partir do final de janeiro, trazendo um conceito inovador de marketing visual.
No entanto, essa transformação das vitrines da Gucci vai além da estética. Ela apresenta uma interseção importante com o Direito da Moda, particularmente no que diz respeito à proteção de propriedade intelectual e direitos autorais. A escolha de obras de arte e objetos históricos como parte da vitrine não é apenas uma ação de design, mas uma estratégia cuidadosa para utilizar peças que são protegidas por direitos autorais. A colaboração com artistas como Luca Pignatelli e a inclusão de peças como o calendário de Enzo Mari envolvem considerações jurídicas sobre o uso de obras criativas em espaços comerciais.
Além disso, as vitrines e o conceito de “Endless Narratives” ampliam o debate sobre os direitos de imagem e a valorização de peças de design no mercado de luxo. A Gucci, ao usar sua plataforma de vitrine para criar uma narrativa visual que mistura arte e moda, está também estabelecendo um exemplo de como a indústria da moda pode trabalhar de maneira estratégica e legal com criadores e artistas para proteger e valorizar o uso de suas obras, ao mesmo tempo em que protege seus próprios direitos de design e marcas registradas.
Do ponto de vista jurídico, o uso de obras artísticas no mercado de luxo exige atenção cuidadosa aos contratos de licenciamento, direitos autorais e, especialmente, à forma como as marcas devem garantir que todos os envolvidos na criação e exibição de suas vitrines estão devidamente protegidos legalmente. Esse é um excelente exemplo de como o Direito da Moda se cruza com a prática comercial, garantindo que tanto as marcas quanto os artistas sejam reconhecidos e remunerados por sua contribuição criativa.
A estratégia de marketing da Gucci, que conecta arte e moda com o direito à proteção intelectual, demonstra como o setor da moda pode expandir suas práticas legais enquanto cria experiências visuais que cativam e envolvem os consumidores. Ao garantir a conformidade legal e a proteção de suas criações e colaborações, a Gucci mantém a autenticidade e o valor de seu conceito global, ao mesmo tempo em que impulsiona sua presença no mercado.
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