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Cosméticos veganos devem movimentar US$ 32,5 bilhões até 2032 e o que isso revela sobre o futuro jurídico da beleza

O mercado global de cosméticos está passando por uma reestruturação profunda, influenciada por consumidores que não desejam apenas produtos eficazes, mas um setor transparente, ético e comprometido com o meio ambiente. De acordo com dados da Statista Market Insights (2024), o setor de cuidados pessoais deve ultrapassar US$ 800 bilhões até 2030 — um indicativo claro de que a beleza se tornou um dos motores mais influentes da economia contemporânea.


Cosméticos veganos devem movimentar US$ 32,5 bilhões até 2032 e o que isso revela sobre o futuro jurídico da beleza
Imagem/reprodução: Kapeh

Dentro desse panorama, o segmento de cosméticos veganos assume protagonismo. A Fortune Business Insights aponta que o setor, avaliado em US$ 19,21 bilhões, deverá alcançar US$ 32,56 bilhões até 2032, com taxa média anual de crescimento de 6,85%. Essa expansão mostra que o mercado não vê mais sustentabilidade como diferencial, mas como uma exigência. A busca por fórmulas livres de ingredientes de origem animal vem acompanhada de questionamentos sobre rastreabilidade, toxicidade, impacto ambiental, produção limpa e responsabilidade corporativa.


A fala da farmacêutica e bioquímica Vanessa Vilela, CEO da Kapeh Cosméticos e Cafés Especiais, sintetiza essa nova mentalidade: consumidores já não se contentam apenas com resultados. Eles querem saber a origem, o propósito e os impactos reais por trás daquilo que consomem. É exatamente nesse ponto que Direito da Moda e indústria cosmética convergem. À medida que o setor cresce, cresce também a necessidade de estrutura jurídica sólida que regule claims, proteção de formulações, conformidade regulatória, rotulagem, compliance ambiental, certificações e prevenção ao greenwashing.


A Kapeh, marca mineira referência em inovação sustentável, demonstra como a construção jurídica de uma empresa pode andar alinhada à pesquisa científica e à responsabilidade ambiental. Seu uso do grão verde do café como ativo natural de alta performance ilustra uma combinação entre biotecnologia e valorização da biodiversidade brasileira. Além disso, a marca opera com cafés certificados e rastreáveis, embalagens recicláveis e um programa de reciclagem que incentiva a devolução de frascos — práticas que reduzem riscos regulatórios e fortalecem a imagem institucional num mercado em que o consumidor é cada vez mais crítico e informado.


O modelo “loja 2 em 1”, que une cafeteria de cafés especiais à venda de cosméticos veganos, tornou-se um case de posicionamento estratégico e de construção de marca. Com cerca de 20 unidades e projeção de alcançar 100 operações até 2026, a Kapeh representa um movimento maior: marcas que crescem amparadas por governança, diretrizes ESG e políticas jurídicas que acompanham inovação.


A expansão dos cosméticos veganos é uma pauta juridicamente relevante porque expõe fragilidades regulatórias ainda comuns no setor, ao mesmo tempo em que cria novas demandas: contratos específicos para uso de ativos naturais, parcerias com comunidades produtoras, certificações internacionais, responsabilidade civil por claims mal fundamentados e políticas rígidas de compliance ambiental.


O futuro da beleza passa pela sustentabilidade — e o futuro da sustentabilidade passa pelo Direito da Moda.


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