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Chiara Ferragni fecha loja e entra em liquidação: o que isso revela sobre governança e responsabilidade empresarial na moda?

Atualizado: 26 de jul.

O mercado fashion foi surpreendido com o anúncio da liquidação da Fenice Retail, subsidiária da empresa de Chiara Ferragni, uma das maiores influenciadoras digitais e empresárias da indústria da moda na Europa. Com prejuízo acumulado de € 1,2 milhão, a empresa encerrou suas atividades em maio de 2025, incluindo o fechamento da loja física em Roma. A decisão veio após os passivos acumulados levarem o capital social abaixo do mínimo legal, resultando na nomeação de um liquidante e na formalização do processo de encerramento.


Chiara Ferragni
Imagem/reprodução: Chiara Ferragni

A crise financeira da Fenice Retail é um reflexo direto de um cenário de desgaste reputacional que se intensificou com as acusações de fraude em campanhas publicitárias relacionadas à venda de itens com apelo de caridade, um bolo de Natal e ovos de Páscoa, que não teriam revertido os valores prometidos. Os danos de imagem impactaram diretamente o desempenho comercial da empresa, elevando os prejuízos de € 530 mil para € 684 mil em apenas um ano.


Em uma tentativa de salvar o grupo como um todo, Chiara Ferragni injetou € 6,4 milhões na Fenice Srl, empresa-mãe da marca, que registrava prejuízos de cerca de € 10,2 milhões. Com isso, ela passou a deter 99% da participação societária e agora assume o controle pleno da operação, prometendo um relançamento pautado em transparência e confiabilidade.


Do ponto de vista jurídico, a situação envolve uma série de aspectos centrais para o Direito da Moda. O primeiro deles é a responsabilidade societária, especialmente em contextos em que o sócio majoritário assume diretamente os riscos e as obrigações da empresa. A recapitalização feita por Ferragni mostra como o sócio pode ser chamado a atuar quando o capital social não sustenta mais a operação.


Além disso, o episódio coloca em destaque a importância da governança corporativa e da comunicação responsável na construção e manutenção de marcas no setor da moda. Em tempos de ESG, o mercado exige transparência, conformidade regulatória e atenção à reputação, elementos que, quando negligenciados, podem gerar impactos jurídicos, administrativos e comerciais sérios.


Por fim, a liquidação também serve como alerta para empresários e marcas em crescimento: é fundamental contar com assessoria jurídica especializada desde o início das operações, estruturando contratos, controlando riscos e estabelecendo práticas de compliance que fortaleçam a longevidade do negócio.


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