Forever 21 pede falência novamente: o impacto no mercado de moda

A Forever 21, um dos maiores nomes do fast fashion mundial, voltou a entrar com um pedido de falência nos Estados Unidos sob o Capítulo 11, um processo voluntário que permite uma reorganização das dívidas com a supervisão do tribunal. A empresa informou que continuará a operar suas lojas e site nos EUA enquanto busca soluções para a liquidação ordenada de seus negócios ou, eventualmente, a venda total ou parcial de seus ativos.

Brad Sell, diretor financeiro da operadora da Forever 21 nos EUA, destacou que o aumento dos custos, a concorrência de marcas estrangeiras e as mudanças nos hábitos de consumo foram fatores que levaram a essa decisão. Além disso, a exclusão das filiais internacionais do processo, por serem operadas por licenciados, reforça a complexidade de contratos internacionais e a importância de uma abordagem global no gerenciamento de crises empresariais.

Para o Direito da Moda, esse caso levanta discussões relevantes sobre proteção de ativos, contratos de licenciamento internacional e a continuidade das marcas diante de dificuldades financeiras. Além disso, a falência de uma grande marca de fast fashion nos alerta para a necessidade de uma estratégia jurídica sólida para enfrentar questões econômicas e comerciais, como a reestruturação de dívidas, a renegociação de contratos e a proteção dos direitos de propriedade intelectual.

Essa é a segunda vez que a Forever 21 enfrenta um processo de falência – a primeira foi em 2019, quando foi adquirida por uma joint venture. O novo pedido sublinha como a sustentabilidade financeira e a adaptação às novas tendências de consumo são fundamentais para a sobrevivência de marcas no mercado de moda, especialmente em um cenário global tão competitivo.

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