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Bottega Veneta e o Ano Novo Chinês: uma fusão de cultura, tradição e direito da moda

A Bottega Veneta, renomada marca de luxo, está aproveitando o Ano Novo Chinês de 2025 para lançar uma coleção exclusiva que mistura a tradição oriental com a sofisticação de seu design. A peça de destaque é a bolsa Tosca, com alça em formato de serpente, simbolizando o Ano da Serpente, um dos animais do zodíaco chinês. Mas, além de sua estética, o que mais envolve esse lançamento e como o direito da moda se conecta a ele?


Uma das questões mais importantes que surgem com o lançamento de produtos inspirados em uma cultura específica é o uso de símbolos e tradições. O design da bolsa Tosca, com a serpente, está diretamente ligado a um símbolo da cultura chinesa.



Imagem reprodução: Bottega Veneta
Imagem reprodução: Bottega Veneta

A Bottega Veneta, ao utilizar esse símbolo, precisa estar atenta ao direito de uso de elementos culturais. Isso envolve a análise do licenciamento adequado e do respeito à propriedade intelectual das culturas envolvidas. O uso de elementos culturais em produtos de luxo pode ser um ponto sensível, pois, sem o devido respeito, as marcas podem incorrer em apropriação cultural, o que pode gerar ações jurídicas contra a marca.


Além do licenciamento cultural, a campanha da Bottega Veneta, filmada em Liuyang, na China, também envolve questões jurídicas. Ao realizar uma campanha publicitária que explora uma tradição cultural, como os fogos de artifício de Liuyang, que têm mais de 1.400 anos de história, a marca precisa garantir que sua publicidade não infrinja direitos autorais ou outros direitos de propriedade intelectual relacionados à cultura local. A campanha, ao ser globalmente distribuída, também envolve o cuidado com o uso de imagens que possam ser protegidas por direitos de imagem ou marcas registradas.



Imagem reprodução: Bottega Veneta
Imagem reprodução: Bottega Veneta

A marca também precisa proteger seus próprios designs e a associação de sua imagem com a cultura chinesa, garantindo que o uso do nome e logo da Bottega Veneta esteja em conformidade com as leis locais de propriedade intelectual, tanto na China quanto nos mercados internacionais.


Outro aspecto jurídico fundamental envolve a sensibilidade cultural da marca. As marcas de luxo, ao se aventurarem em colaborações que misturam diferentes tradições culturais, devem ter consciência de como suas ações podem ser interpretadas.


O marketing culturalmente sensível requer mais do que apenas uma autorização legal; é necessário um entendimento profundo das implicações culturais e jurídicas, evitando desrespeito ou exploração indevida de símbolos, práticas e costumes. No direito da moda, isso implica a necessidade de uma análise cuidadosa antes de associar uma marca a certos símbolos ou tradições culturais.



Imagem reprodução: Bottega Veneta
Imagem reprodução: Bottega Veneta

O lançamento de peças exclusivas da Bottega Veneta, inspiradas no Ano Novo Chinês, é um exemplo claro de como o direito da moda se entrelaça com as questões culturais e jurídicas. Desde a proteção de símbolos culturais até o licenciamento de elementos visuais e a regulamentação de campanhas publicitárias, esse é um campo que exige cuidado e estratégia por parte das marcas. A expansão para mercados internacionais, como o chinês, demanda uma compreensão não apenas das leis locais, mas também do respeito às culturas que se pretende celebrar. E você, o que achou da nova coleção da Bottega?

 
 
 

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