Puig atinge 1,2 bilhão de euros em vendas no 1º trimestre: a importância do Fashion Law na expansão global de marcas de luxo

O grupo espanhol Puig, gigante do setor de moda e beleza de luxo, começou o ano fiscal de 2025 com força total. Com marcas como Carolina Herrera, Jean Paul Gaultier, Charlotte Tilbury, Byredo, Rabanne e Nina Ricci sob seu guarda-chuva, a empresa registrou 1,206 bilhão de euros em vendas no primeiro trimestre — um crescimento de 7,8% em termos reportados e 7,5% em termos comparáveis (LFL).

Imagem/reprodução: Puig

O segmento de fragrâncias e moda representou 74% do faturamento, com 896 milhões de euros em vendas líquidas, seguido por maquiagem (14%) e cuidados com a pele (12%). Embora o setor de maquiagem tenha apresentado retração, o grupo destacou o bom desempenho das Américas e da Ásia-Pacífico, regiões que cresceram 11,8% e 13,2% respectivamente. A EMEA, que representa mais da metade das vendas, também teve crescimento, ainda que mais modesto.

Esses resultados vão além dos números: revelam uma complexa engrenagem jurídica e estratégica por trás de cada transação internacional. O crescimento de uma empresa como a Puig envolve contratos multilaterais de distribuição e licenciamento, análise de tarifas de importação e exportação (como as impostas pelos EUA), conformidade regulatória para comercialização de cosméticos e fragrâncias, e planejamento tributário multinacional. Além disso, a presença de marcas de luxo no portfólio requer especial atenção à proteção da propriedade intelectual e à estruturação de colaborações estratégicas.

A Puig sinalizou, inclusive, que ações jurídicas e financeiras estão sendo tomadas para mitigar impactos tarifários, como o ajuste moderado de preços em determinados mercados. Esse é um exemplo claro de como o Direito da Moda e o business de luxo caminham lado a lado — desde o planejamento estratégico até a governança de grandes grupos.

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