Movimentações executivas no luxo: LVMH reposiciona lideranças na Fendi e Kenzo
- JURÍDICO FASHION

- 14 de abr.
- 2 min de leitura
O grupo LVMH continua promovendo ajustes estratégicos em suas maisons. Agora foi a vez da Fendi e da Kenzo receberem novos nomes em suas lideranças: Ramon Ros, até então CEO da Louis Vuitton China, assume a Fendi, e Charlotte Coupé, responsável pela moda masculina da Louis Vuitton, passa a comandar a Kenzo.

Essas movimentações reforçam a importância da liderança executiva no setor do luxo, especialmente em tempos de reposicionamento de marca, reposicionamento criativo e expansão internacional. Mas por trás de cada nome anunciado, há um forte trabalho jurídico acontecendo.

Qual o papel do Direito da Moda nesse tipo de movimentação?
Trocas de liderança envolvem uma série de pontos jurídicos que precisam ser cuidadosamente tratados. Entre eles:
• Acordos de confidencialidade e sigilo comercial, especialmente com executivos que migraram entre marcas do mesmo grupo, mas com estratégias e heranças criativas diferentes;
• Cláusulas de não concorrência e de permanência mínima, para evitar desequilíbrios no mercado de luxo;
• Gestão de contratos já firmados, incluindo contratos de fornecimento, licenciamento, parcerias com designers ou criativos externos;
• Responsabilidade sobre decisões anteriores, inclusive em casos de litígios ou ações judiciais em curso;
• Preservação da imagem da marca, assegurando que mudanças de comando não gerem ruídos na comunicação institucional;
• Governança e compliance, principalmente em grandes grupos como a LVMH, com presença global e complexidade operacional significativa.
Além disso, essas movimentações também revelam um ponto sensível no Direito da Moda: a interface entre liderança corporativa e direção criativa. No caso da Fendi, por exemplo, Ramon Ros assume em um momento delicado, após a saída de Kim Jones da direção criativa da alta-costura. Nesse tipo de cenário, é fundamental que o jurídico atue de forma próxima às equipes executivas e criativas para garantir alinhamento de contratos e propriedade intelectual das coleções.
No luxo, cada nome escolhido para liderar uma maison carrega consigo não apenas uma trajetória, mas também uma série de implicações jurídicas que podem impactar diretamente o posicionamento da marca. O Direito da Moda é quem sustenta essas transições com segurança, estratégia e visão de longo prazo. Para participar de discussões exclusivas sobre Fashion Law em tempo real, cadastre-se na comunidade através do link: https://www.juridicofashion.com/páginadacomunidade



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