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Labubu no cinema: o fenômeno global dos colecionáveis que se transforma em ativo jurídico de alto valor

A confirmação da Sony Pictures sobre a adaptação cinematográfica de Labubu, personagem criado por Kasing Lung para a série The Monsters, representa um marco cultural, econômico e jurídico para a indústria global de entretenimento. O personagem, que começou como um toy independente distribuído em blind boxes, tornou-se um dos maiores símbolos da toy art asiática e agora entra para o circuito dos grandes estúdios, inaugurando uma nova fase de expansão internacional.


Labubu no cinema: o fenômeno global dos colecionáveis que se transforma em ativo jurídico de alto valor
Imagem/reprodução: Pinterest

Labubu, com sua estética híbrida — parte criatura mágica, parte coelho de expressão melancólica e travessa — conquistou colecionadores em todo o mundo por sua narrativa visual única. Cada edição limitada esgotava em minutos, gerava filas imensas na Ásia e transformava o personagem em objeto de desejo entre comunidades especializadas. Esse comportamento de mercado chamou a atenção da Sony, que viu em Labubu um potencial inexplorado: um personagem altamente reconhecível, com apelo emocional e valor de marca consolidado.


A entrada de Labubu no cinema não é apenas um movimento artístico; é um movimento jurídico que envolve direitos autorais, propriedade industrial, licenciamento global, cessão de imagem de personagens fictícios, proteção de design e negociação de IPs independentes com grandes players. Hollywood, cada vez mais dependente de universos pré-existentes para construir franquias, volta os olhos para criações asiáticas com estética forte e comunidades engajadas.


A aquisição dos direitos sobre Labubu demonstra essa mudança de paradigma. Criadores independentes, antes restritos à cena alternativa, agora se tornam parceiros estratégicos de conglomerados de mídia. Para Kasing Lung, isso significa abrir sua mitologia para novos públicos e novas plataformas. Para a Sony, representa a chance de controlar uma IP com enorme potencial de merchandising, licenciamento fashion, coleções cápsulas, collabs com marcas de luxo e, futuramente, produtos derivados.


Labubu no cinema: o fenômeno global dos colecionáveis que se transforma em ativo jurídico de alto valor
Imagem/reprodução: Pinterest

O universo de The Monsters, com suas criaturas delicadas, estranhas e encantadoras, é especialmente atraente para o Fashion Law e para o Entretenimento. A estética utilizada por Lung dialoga diretamente com o design experimental, com o imaginário da toy art japonesa e com elementos que frequentemente inspiram editoriais, colaborações com estilistas, campanhas e até desfiles temáticos. Criações como Labubu circulam nos mesmos espaços que a moda contemporânea ocupa: feiras internacionais, exposições, coleções limitadas e comunidades digitais que alimentam tendências globais.


A adaptação cinematográfica abre espaço para uma discussão jurídica ainda mais profunda: como proteger, negociar e expandir IPs de origem independente sem diluir sua identidade? O live-action exigirá decisões jurídicas sofisticadas sobre a preservação da estética original, uso comercial de elementos visuais, extensão dos direitos do criador e adaptação de universo para múltiplas plataformas. Qualquer alteração significativa na aparência, por exemplo, pode requerer licenças adicionais, renegociações contratuais ou ajustes no escopo da propriedade intelectual.


Labubu no cinema: o fenômeno global dos colecionáveis que se transforma em ativo jurídico de alto valor
Imagem/reprodução: Pinterest

Além disso, o sucesso do mercado de blind boxes nos últimos anos — especialmente na China, onde movimentou bilhões e impulsionou o crescimento de marcas como Pop Mart — mostra por que Labubu atraiu interesse dos grandes estúdios. O colecionável se tornou mais do que um objeto: tornou-se símbolo de um comportamento de consumo baseado em exclusividade, surpresa, storytelling visual e desejo coletivo. Esse modelo cria valor econômico e jurídico: cada edição limitada carrega direitos de design, acordos de distribuição e regulamentações específicas.


A adaptação ainda sem sinopse revelada deve expandir o universo de The Monsters, trazendo para o cinema criaturas com potencial narrativo e comercial. Caso o filme seja bem-sucedido, é possível que a Sony aposte em séries derivadas, animações ou novas histórias ambientadas no mesmo universo — um caminho semelhante ao que outros estúdios percorreram ao adquirir IPs fortes. Para o Direito da Moda e do Entretenimento, esse movimento reforça uma tendência clara: propriedades intelectuais com estética marcante são os novos alicerces das grandes narrativas globais.


Labubu não é apenas um personagem que ganhou vida fora dos blind boxes; é um caso emblemático de como design independente, cultura pop, toy art asiática e estratégias jurídicas robustas podem se unir para criar fenômenos transnacionais. A Sony aposta no potencial de transformar esse ícone underground em um novo protagonista cinematográfico — e, ao fazer isso, confirma que o futuro das grandes franquias passa, inevitavelmente, por IPs visuais fortes e juridicamente bem estruturadas.


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