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Fashion Law action: Mowalola x Marc Jacobs

Uma colaboração que surgiu como um grito e sumiu como um sussurro: assim pode ser definida a inesperada união entre a estilista nigeriana Mowalola Ogunlesi e a icônica marca nova-iorquina Marc Jacobs. A coleção, que apareceu por poucas horas nas plataformas digitais de ambos os criadores, provocou comoção no universo fashion, e acendeu alertas relevantes do ponto de vista jurídico.


Fashion Law action: Mowalola x Marc Jacobs
Imagem/reprodução: Mowalola x Marc Jacobs

Com peças que transbordam irreverência e sofisticação punk, a coleção Mowalola x Marc Jacobs materializou o encontro de dois mundos criativos distintos, porém complementares. O que chamou atenção, além das roupas, foi a estratégia: a coleção foi lançada e retirada em silêncio, criando um senso de exclusividade e desejo imediato, típico de ações de escassez planejada. Do ponto de vista jurídico, esse tipo de abordagem levanta questões sobre gestão de direitos comerciais, contratos de exclusividade e uso estratégico da propriedade intelectual.


Fashion Law action: Mowalola x Marc Jacobs
Imagem/reprodução: Mowalola x Marc Jacobs

A estética da colaboração foi marcada por elementos que desafiam o status quo: bolsas com tachas metálicas, camisetas superjustas com gráficos provocativos, colares com o logotipo híbrido “Marc by Mowalola” e uma campanha assinada pela própria estilista. A narrativa visual foi encabeçada por artistas como Rico Nasty e Deto Black, e ambientada em cenários que misturavam glamour distorcido e caos estético, aproximando a moda de um campo de expressão artística e política.


Mas o Fashion Law também entra em cena aqui: como são formalizadas as colaborações criativas entre marcas de perfis tão diferentes? Quem detém os direitos autorais das imagens produzidas na campanha? Como se estabelece a coautoria de elementos como um logotipo conjunto? Em casos como esse, o contrato de colaboração deve prever cláusulas detalhadas sobre titularidade da marca, divisão de lucros, gestão da imagem, além de assegurar a proteção jurídica da coleção, mesmo que temporária.


Fashion Law action: Mowalola x Marc Jacobs
Imagem/reprodução: Mowalola x Marc Jacobs

Outro ponto relevante é o uso da imagem de artistas que não pertencem ao mainstream, como Rico Nasty e Deto Black. A campanha, por seu conteúdo visual impactante e sua estética contracultural, poderia gerar debates sobre os limites da liberdade criativa e o direito à imagem. Em colaborações de alto impacto visual, é essencial que os termos de uso de imagem, licenciamento de conteúdo e controle da narrativa estejam juridicamente amparados.


Além disso, o próprio desaparecimento da coleção das plataformas levanta o tema da “moda fantasma”, coleções que existem por tempo limitado, com distribuição restrita, muitas vezes para criar uma aura de culto. Como o Fashion Law encara esse fenômeno? A legislação precisa acompanhar essas novas dinâmicas de consumo e proteger não só os criadores, mas também o consumidor final, que pode ser afetado por práticas de marketing que beiram o enigmático.


A coleção Mowalola x Marc Jacobs deixa mais do que roupas e imagens: ela abre espaço para debates relevantes sobre inovação criativa e responsabilidade jurídica. A moda, como expressão cultural, exige hoje uma abordagem jurídica que compreenda suas transformações rápidas, colaborações inesperadas e a crescente fusão entre arte, ativismo e consumo.


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