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Jean Paul Gaultier anuncia Duran Lantink como novo diretor criativo: uma nova era começa para a maison

A grife Jean Paul Gaultier, conhecida por seu espírito irreverente e por desafiar os códigos da moda, acaba de anunciar Duran Lantink como seu novo diretor criativo permanente. A nomeação representa um novo momento na história da marca, que nos últimos cinco anos vinha sendo guiada por direções criativas temporárias com nomes como Olivier Rousteing, Chitose Abe, Glenn Martens e Ludovic de Saint Sernin.


Lantink, designer holandês nascido em 1988, é conhecido por suas silhuetas ousadas, sua abordagem disruptiva à moda e pelo diálogo constante com temas como gênero, identidade e sustentabilidade. A decisão da Gaultier de integrá-lo à maison reflete não apenas uma visão criativa, mas também um reposicionamento estratégico da marca, que busca consistência entre suas linhas de prêt-à-porter e alta-costura.


Sua primeira coleção de prêt-à-porter está marcada para setembro de 2025, enquanto a de alta-costura será revelada em janeiro de 2026. Segundo reportagens, sua própria marca será temporariamente suspensa, o que revela o comprometimento integral ao novo cargo — e também nos leva ao campo do Fashion Law.


Do ponto de vista jurídico, a entrada de Lantink na Gaultier exige uma série de definições contratuais específicas. Acordos de exclusividade, cláusulas de confidencialidade, cessão de direitos sobre criações futuras, controle sobre o branding pessoal do designer, bem como os limites para uso de sua imagem em campanhas da maison. Além disso, o fato de a Gaultier pertencer ao grupo espanhol Puig adiciona uma camada internacional à negociação — com implicações tributárias, comerciais e de compliance envolvendo múltiplas jurisdições.


Essa nomeação também traz à tona discussões sobre propriedade intelectual, especialmente no que diz respeito à preservação da herança criativa de Jean Paul Gaultier, e os limites entre releitura e apropriação dentro de uma marca que possui quase meio século de história. A transição entre designers, nesses casos, é uma operação delicada que envolve tanto a parte artística quanto uma sólida arquitetura jurídica.


A consolidação de uma nova fase para a Gaultier reforça a importância do Fashion Law como pilar invisível, mas indispensável, para que criações grandiosas e ousadas possam existir com segurança jurídica.


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